Dois em cada cem portugueses já tomaram as duas doses da vacina que promete combater a covid-19. Experimentam agora fazer parte da pequena minoria para quem a vida sofreu a mudança esperada por todos. Mas é um erro pensar-se que esta arma pode ser poderosa antes de ser distribuída de forma universal. Por enquanto é preciso manter todos os cuidados, “exatamente as mesmas medidas”, diz o presidente da Sociedade Portuguesa de Virologia, Paulo Paixão.
A ciência não consegue garantir que a vacina impede a infeção. Um estudo conduzido para a vacina da AstraZeneca mostrou que só cerca de 60% dos inoculados deixaram de contrair o SARS-CoV-2. Sabe-se apenas que evita formas graves da doença ou apaga os seus sintomas. E, assintomáticos, os vacinados podem tornar-se fáceis transmissores do vírus “se forem ter com um familiar ou com uma pessoa qualquer ainda não vacinada”, explica Paulo Paixão.