A presidente da Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira que o executivo comunitário "aprovou um segundo contrato" com a Moderna, para a compra de mais 300 milhões de doses, 150 milhões das quais deverão ser entregues em 2021, sendo que as restantes fazem parte de uma compra opcional para 2022. O novo acordo inclui a possibilidade de doar as vacinas a países de menores rendimentos ou de "redirecioná-las" para "outro países europeus".
"Hoje, asseguramos 300 milhões de doses adicionais da vacina COVID-19 produzida pela Moderna, já é utilizada na União Europeia. Isto aproxima-nos do nosso principal objetivo: assegurar que todos os europeus tenham acesso a vacinas seguras e eficazes o mais rapidamente possível", afirmou Ursula von der Leyen em comunicado.
No total, a carteira de vacinas negociada pela Comissão Europeia em nome dos 27 inclui 2,6 mil milhões de doses. No caso da Moderna, o primeiro acordo permitiu a compra de 160 milhões de doses, agora reforçadas com mais 300 milhões de vacinas.
Este é já o segundo reforço feito por Bruxelas. Em janeiro, o executivo tinha chegado a um novo acordo com a Pfizer/BioNTech para a compra de mais 300 milhões de doses (para além dos 300 milhões iniciais) e cujo contrato é também assinado esta quarta-feira.
Apesar das doses contratualizadas com seis diferentes farmacêuticas, ainda só três vacinas têm a aprovação da Agência Europeia de Medicamentos. Ao mesmo tempo têm sido vários os atrasos nas entregas da Pfizer/BioNTech, Moderna e sobretudo da AstraZeneca a comprometer a velocidade de vacinação.
Segundo Von der Leyen, "33 milhões de doses foram distribuídas" até agora. A expectativa da Comissão Europeia é que as entregas totais no primeiro trimestre cheguem pelo menos a 100 milhões de doses, um número que deverá triplicar entre abril e junho.