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Mutações no vírus podem levar a que muito mais pessoas precisem da vacina: as atuais são (um pouco) menos eficazes contra novas variantes

Com as novas variantes mais contagiosas do coronavírus à conquista do mundo, o número de pessoas que temos de vacinar para atingir a tão desejada imunidade de grupo e podermos regressar a um tempo em que não era preciso pensar onde está a máscara que nos permite ir até ao supermercado da esquina, é muito mais elevado. As vacinas que existem protegem contra essas mutações mas menos do que contra o vírus original, de Wuhan. Cientistas estão alerta, mas otimistas

Michael Ciaglo/Getty Images

Levam-nos a fechar fronteiras, a temer quem vem de certos países, a apertar ainda mais as medidas de confinamento em casa, mas a reprodução de um vírus em novas estirpes é comportamento comum a estes microrganismos. “É raro um vírus ficar-se pela sua primeira encarnação, e as cópias que fazem de si mesmos raramente são iguais” começa por dizer ao Expresso a investigadora na área da virologia na Universidade de Cambridge Sarah Caddy.

O mundo entrou em estado de alerta quando começaram a aparecer novas estirpes no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul. Essa vigilância redobra-se agora que sabemos que em todos esses países também foi já identificada uma mutação nessas estirpes, a E484K, que pode afetar o reconhecimento do vírus pelos anticorpos, comprometendo a proteção imunológica de pessoas já vacinadas ou que já estiveram infetadas.