Levam-nos a fechar fronteiras, a temer quem vem de certos países, a apertar ainda mais as medidas de confinamento em casa, mas a reprodução de um vírus em novas estirpes é comportamento comum a estes microrganismos. “É raro um vírus ficar-se pela sua primeira encarnação, e as cópias que fazem de si mesmos raramente são iguais” começa por dizer ao Expresso a investigadora na área da virologia na Universidade de Cambridge Sarah Caddy.
O mundo entrou em estado de alerta quando começaram a aparecer novas estirpes no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul. Essa vigilância redobra-se agora que sabemos que em todos esses países também foi já identificada uma mutação nessas estirpes, a E484K, que pode afetar o reconhecimento do vírus pelos anticorpos, comprometendo a proteção imunológica de pessoas já vacinadas ou que já estiveram infetadas.