Concorda com a decisão do encerramento de todos os níveis de ensino?
Foi com surpresa que ouvimos as declarações do primeiro-ministro. Entretanto já foram publicadas as orientações do gabinete do ministro e estamos a perceber que em várias universidades e politécnicos estão a ser suspensas as avaliações presenciais, assim como as poucas aulas que ainda existem. Esta fase é sobretudo de avaliação, as instituições não estão com grande fluxo de estudantes. Em termos de presença nas instituições não é um período crítico e parece-nos que a continuação do semestre não seria de tão grande perigosidade. O que estamos a perceber é que há situações muito diversificadas e já se começa a falar de como vai ser feito o segundo semestre, que deve começar entre fevereiro e março. Para nós, o que deveria ter sido feito era adiar o começo do segundo semestre para permitir não só a preparação de um eventual ensino à distância como também para ajustarmos e aguardarmos que esta curva de novos casos tenha um decréscimo. Durante o primeiro semestre deste ano letivo trabalhámos em regime presencial, com adaptações, e, quando necessário, com recursos online. Era desejável que assim fosse também no segundo semestre e, por isso, teria sido razoável um adiamento do começo para lá deste pico pandémico e recomeçarmos com tranquilidade.
Exclusivo
“Foi com surpresa que ouvimos o primeiro-ministro”: Sindicato do Ensino Superior critica decisão e quer adiamento do início do 2.º semestre
Com todo o sistema educativo encerrado nas próximas duas semanas, Mariana Gaio Alves, presidente do Sindicato Nacional do Ensino Superior, critica que as atividades letivas nas universidades e politécnicos sejam suspensas. Para a sindicalista, a decisão foi “precipitada”: “Temos taxas de contágio de 1,5% em toda a comunidade do ensino superior. (...) Não nos parece que seja dentro das instituições que esteja um imenso foco”