A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira uma extensão do contrato com a BioNTech Pfizer, o que permitirá à UE adquirir o dobro das 300 milhões de doses negociadas inicialmente. O executivo comunitário propõe aos Estados-membro a compra adicional de mais 200 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela BioNTech e a Pfizer, com a opção de adquirir ainda mais 100 milhões de doses extra.
“Com o novo acordo poderemos comprar até 300 milhões de doses adicionais. Ou seja, permitir-nos-á duplicar as doses da BioNTech Pfizer”, explicou a presidente Ursula von der Leyen pela manhã aos jornalistas.
O novo acordo permite à União Europeia contar com um total de 600 milhões de doses da Pfizer, cuja vacina já começou a ser administrada nos diversos países. No entanto, há que ter em conta que a distribuição não é imediata, mas será feita ao longo do ano, com esta compra adicional a arrancar a partir do segundo trimestre de 2021. Segundo Von der Leyen, 75 milhões desta encomenda estarão disponíveis já a partir de abril e "as restantes no terceiro e quarto trimestres”.
É também a resposta às críticas de que a Comissão não tinha assegurado doses suficientes. Apesar de ter negociado com várias farmacêuticas e assegurado mais de 2 mil milhões de doses, só as vacinas da Pfizes e Moderna têm para já luz verde para serem administradas na UE.
Com este aumento do contrato, Von der Leyen diz que o bloco terá agora vacinas suficientes para vacinar 80% da população.
A presidente da Comissão Europeia aponta várias vantagens no negócios: o contrato já estava feito e por isso não serão necessárias negociações adicionais; a vacina tem o parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos e todo o processo de autorização “está feito”; e tendo em conta que os países já conhecem os procedimentos e requisitos da vacina, isso cria “um novo impulso" para a vacinação na Europa.
A Comissão Europeia enfatiza ainda o facto de ter aprovado uma nova vacina a 6 de janeiro - a da Moderna - e diz esperar que "outras sejam aprovadas em breve".
A UE assegurou uma vasta carteira de vacinas candidatas com diferentes tecnologias, assegurando que o número de doses poderá chegar aos 2,3 mil milhões.
"Esta carteira de vacinas permite à União Europeia não só cobrir as necessidades de toda a população, mas também providenciar o fornecimento de vacinas a países vizinhos", frisa ainda a Comissão Europeia em comunicado esta sexta-feira.