O Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) diz fazer votos para que a reestruturação naquela polícia anunciada esta quarta-feira pelo Ministério da Administração Interna seja no sentido de "melhorar a mais moderna, mais eficiente, mais competente e mais humanista das forças e serviços de segurança que existem em Portugal".
Este sindicato considera ainda que é "lamentável que esta reestruturação vá ser feita em função de um episódio sinistro, ocorrido no aeroporto de Lisboa, que resultou na morte de um cidadão ucraniano, uma vez que a reorganização do SEF e a sua dotação com os meios mínimos indispensáveis para o seu bom funcionamento eram desesperadamente necessárias há muito tempo, tal como este sindicato alertou publicamente, ano após ano, na última década".
Ainda assim, o sindicato dos inspetores do SEF defende que "as condições concretas desta morte têm de ser cabalmente esclarecidas, doa a quem doer. Mas é absolutamente claro que as circunstâncias conhecidas do que sucedeu entra em contradição clara com a prática habitual dos inspetores do SEF".
Para os seus dirigentes, há quatro reformas que precisam de ser feitas no SEF: a entrada de mais inspetores, a de funcionários administrativos, a criação de uma escola própria do SEF e a construção de raiz de Centros de Instalação Temporária.
E deixa um alerta: "Se as direções nacionais do SEF e os diversos governos tivessem ouvido, na última década, os alertas e as propostas do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização, poderiam ter feito no tempo certo – sem a pressão político-mediática de episódios trágicos – a modernização estratégica do SEF. Foi essa omissão que acabou por tornar o SEF numa arma de arremesso político, o que é lamentável".