Sociedade

Chuva, ventos fortes e granizo atingiram a Cova da Beira. Alguns agricultores dão o ano por perdido

Vários vídeos e imagens revelam a chuva e granizo que afetou a região e pode ter arruinado o ano agrícola. Proteção civil contabilizou 56 ocorrências, entre elas derrube de árvores e linhas elétricas. Não há feridos

A região da Cova da Beira foi afetada na tarde deste domingo por chuva, ventos fortes e granizo. A tempestade repentina derrubou árvores e estruturas, fez cair linhas elétricas, causou inundações e pode ter comprometido a colheita da cereja e todo o ano agrícola. Mas não fez feridos.

De acordo com informações prestadas ao Expresso por Francisco Mendes, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Castelo Branco, os concelhos mais afetados foram Fundão, Covilhã e Belmonte, Penamacor e Castelo Branco.

O CODIS de Castelo Branco registou entre as 15h50, o início desta tempestade, e as 18h, altura em que começou a perder força, 56 ocorrências, algumas delas ainda em curso.

"Houve 18 quedas de árvores, 35 inundações de edifícios, uma queda de estruturas e duas quedas de linhas elétricas", explicou Francisco Mendes ao Expresso.

Imagens recolhidas por telemóvel e partilhadas nas redes sociais mostram estradas inundadas e com um manto de granizo.

Citados pelo "Jornal do Fundão", alguns agricultores dão já este ano como perdido devido a esta tempestade.

“Quando pensávamos que nada podia piorar um ano que já estava a ser mau, acontece uma calamidade destas. Andávamos a contar as cerejas boas, para as colhermos nas próximas semanas, mas se calhar vamos verificar que pouco ou nado restou. Começo a pensar que o prejuízo este ano vai chegar aos 90 por cento”, explica ao jornal o empresário Paulo Ribeiro, que lidera uma das maiores empresas do setor na região. "Toda a gente está em choque com esta situação. Isto arruinou o ano agrícola.”