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Sociedade

Mértola vai acolher projeto científico único no mundo

Centro internacional de investigação na área do combate à desertificação e alterações climáticas atrai doutorandos de Oxford, Cambridge e Harvard

Cláudio Torres, Nuno Ferrand, diretor do CIBIO, e a futura Estação Biológica ao fundo: chegou a hora do património natural
ANTÓNIO PEDRO FERREIRA

As chuvas intensas caíram finalmente em Mértola, concelho do interior do Baixo Alentejo que tem estado em situação de seca severa. Aqui, nas margens do rio Guadiana, onde a maré ainda chega apesar de estarmos a 70 km do mar, a ameaça de desertificação física e humana é bem real, numa re­gião muito vulnerável às alterações climáticas, onde a agricultura de sequeiro e os montados de sobro e azinho dominam a paisagem.

Mas há um projeto que pode trazer uma vaga de mudança a partir de 2022. Chama-se Estação Biológica de Mértola, vai ser criada nos antigos celeiros da EPAC e “é um projeto interdisciplinar único no mundo, porque integra investigação, residências para cientistas, um museu que junta arte, ciência e a memória histórica dos cereais, transferência de conhecimento para a economia local e soluções para os problemas do interior e das alterações climáticas”, afirma Nuno Ferrand, diretor do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, onde trabalham mais de 400 cientistas.

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