As chuvas intensas caíram finalmente em Mértola, concelho do interior do Baixo Alentejo que tem estado em situação de seca severa. Aqui, nas margens do rio Guadiana, onde a maré ainda chega apesar de estarmos a 70 km do mar, a ameaça de desertificação física e humana é bem real, numa região muito vulnerável às alterações climáticas, onde a agricultura de sequeiro e os montados de sobro e azinho dominam a paisagem.
Mas há um projeto que pode trazer uma vaga de mudança a partir de 2022. Chama-se Estação Biológica de Mértola, vai ser criada nos antigos celeiros da EPAC e “é um projeto interdisciplinar único no mundo, porque integra investigação, residências para cientistas, um museu que junta arte, ciência e a memória histórica dos cereais, transferência de conhecimento para a economia local e soluções para os problemas do interior e das alterações climáticas”, afirma Nuno Ferrand, diretor do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto, onde trabalham mais de 400 cientistas.
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