O caso suspeito de coronovírus em Portugal, um funcionário de uma fábrica de Felgueiras, não se confirma. O homem estava desde o final do dia de sexta-feira em isolamento, no Centro Hospitalar Universitário de São João do Porto, depois de ter regressado de uma viagem à China e aguardava o resultado das análises de despiste ao 2019 n-CoV que não se confirmou, avançou esta manhã a Direção-Geral de Saúde, em comunicado.Este era o segundo caso suspeito no país. O primeiro, identificado há uma semana, também resultou negativo.
O homem, inicialmente noticiado como sendo um português de 45 anos, empresário da região de Felgueiras, é afinal um funcionário da empresa, de nacionalidade italiana e com 62 anos. Tinha sido encaminhado esta sexta-feira para o Hospital de São João, no Porto, onde ficou em isolamento por suspeitas de estar intectado com o coronavírus, na sequência de uma viagem à China de onde tinha regressado a 22 de Janeiro. Por precaução, noticia a TVI24, os funcionários da fábrica de Felgueiras terão também ficado em isolamento até que fosse conhecido o resultados da análise.
As duas amostras biológicas recolhidas ao homem de 62 anos tinham sido encaminhadas para a realização de análises laboratoriais no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o laboratório referência para o efeito.
Portugueses podem requerer "quarentena"
Os 15 portugueses que estavam a residir em Wuhan e vão ser repatriados da China deverão chegar a território nacional este domingo. Não serão serão colocados em quarentena porque a Constituição Portuguesa não o permite, embora admita medidas preventivas de contenção como a permanência em domícilio, sob controle do delegado de saúde. Contudo, Graça Freitas, diretora-geral de Saúde, confirmou esta sexta-feira que quer o Hospital Pulido Valente, em Lisboa, quer o Hospital Militar, no Porto, estão preparados para receber os portugueses oriundos da China que peçam ficar em isolamento.
"Estes concidadãos vêm do epicentro de uma epidemia e podem manifestar vontade de ficar mais uns dias em isolamento profiláctico, porque todos têm família e podem ter receio. E é por isso que o Ministério da Saúde providenciou instalações tranquilas e confortáveis para que possam estar em não-internamento”, explicou Graça Freitas.