Sociedade

Proteção Civil admite alargar critérios de envio de SMS

Mourato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
Foto Nuno Botelho

Debaixo de algumas críticas por não terem sido enviados SMS às populações afetadas pelas cheias, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) afirma agora que tal “procedimento recente de natureza excecional” poderá no futuro ser adotado num leque mais alargado de ocorrências. A “regra geral”, diz a entidade, é a do recurso àquelas mensagens escritas nos casos de “alerta especial de nível vermelho”, classificação que não foi considerada no Baixo Mondego — nem nos incêndios de Pedrógão, em 2017, por exemplo. Mas “no futuro”, segundo a ANEPC, é “admissível” que “possa vir a ser decidido acionar os avisos de SMS num nível de alerta diferente do ‘vermelho’, sempre em função da análise de risco que venha a ser efetuada”, esclareceu ao Expresso a ANEPC. No caso da depressão Elsa, tal “necessidade não foi identificada”, justifica a Autoridade. A opção passou por “trabalhar a ligação e a comunicação com as populações no terreno, nos locais afetados em risco”, em articulação com serviços locais e autoridades. As cinco situações de envio de SMS em 2018 e 2019 (num total de 31,2 milhões de mensagens) ocorreram em períodos de incêndios florestais.