O espaçoso baldio em frente ao restaurante Moinho é o melhor parque de estacionamento das redondezas. Às horas de almoço, são dezenas os camiões a entrar no terreno de terra batida vindos da EN 366, que passa perto de Aveiras de Cima. O símbolo de perigo afixado junto às rodas não engana: transportam gasolina, químicos ou álcool puro. Ali perto fica a Companhia Logística de Combustíveis, onde vão abastecer depois da refeição.
Os motoristas saem das viaturas em passo apressado, com o estômago vazio. Espera-os uma dose farta de frango assado, um jarro de vinho da casa e uma fatia de melão, tudo por €8. As únicas mulheres do restaurante são as empregadas. Os clientes, todos motoristas, não são homens de muitos sorrisos. Mas têm a língua afiada. “Todos acham que somos os maus da fita, a escumalha”, desabafa José, de 44 anos. A paralisação que começa na segunda-feira contribuiu para a perda de popularidade, reconhece. “O pessoal das Finanças faz greve e ninguém se mostra indignado com isso.”
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