O Governo terá sido informado de que, além da greve dos motoristas, um grupo afeto aos coletes amarelos estará a organizar marchas lentas nas autoestradas A1 e A2 e ainda um possível bloqueio da Ponte 25 de abril para a próxima segunda-feira, avança o “Eco”. O alerta terá sido dado numa reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional.
A greve a os serviços mínimos
A greve de segunda-feira foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que acusam a associação patronal Antram de não querer cumprir o acordo assinado em maio.
Na quarta-feira, o Executivo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% para a greve dos motoristas de mercadorias que se inicia na segunda-feira, por tempo indeterminado, algo a que o advogado do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, se referiu como uma "barbaridade", em declarações à SIC: "Neste momento, vamos refletir sobre esta barbaridade que aconteceu aqui, vamos conversar com os nossos sócios".
O porta-voz do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), Anacleto Rodrigues, afirmou, por seu turno, que a estrutura se vai concentrar na "impugnação dos serviços mínimos".
Na via oposta, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, garantiu que “não está a ser posto em causa o direito à greve”. Mais: “O direito à greve é um direito constitucional e fundador do nosso Estado de direito e o Governo respeita-o de forma inequívoca, mas o Governo tem também a responsabilidade de defender os interesses de todos os portugueses”.
Na descrição do evento que convoca a marcha lenta por parte do grupo “Movimento Coletes Amarelos Portugal” pode ler-se: “Em linhagem e apoio para com as greves dos motoristas de transportes de matérias perigosas e dos motoristas de transportes de mercadorias, vimos por este meio convocar marcha lenta para a Ponte 25 de Abril na mesma data do protesto contra o aumento do preço dos combustíveis e das brutais taxas e impostos inerentes a esses mesmos combustíveis, e também em apoio aos camionistas em greve.”