Dois dias depois de o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) alertar para a possibilidade de as prateleiras dos super e hipermercados ficarem vazias face à greve que terá início no próximo dia 12 de agosto, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) adverte para o impacto da paralisação na economia do país, avança o jornal i.
Segundo a APED, a rutura de stocks deverá ser quase imediata com os problemas no abastecimento dos supermercados a prolongarem-se durante toda a greve, uma vez que não estão definidos para este sector serviços mínimos.
“Como temos uma característica muito específica na distribuição alimentar e no retalho especializado, naturalmente que somos bastante impactados”, afirmou ao jornal i o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier.
O responsável aadiantou ainda que a associação está a discutir com o Governo e com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) soluções de forma a resolver a situação ou pelo menos minimizar o seu impacto, sobretudo num mês forte em termos de turismo.
“A APED está a trabalhar com o Governo e com a ANTRAM no sentido de os sensibilizar para a necessidade de, pelo menos, tentar por um lado que a greve não avance e por outro que haja o cumprimento de todo o enquadramento legislativo para a greve com serviços mínimos”, acrescentou.
Esta quarta-feira decorre uma reunião na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) para definir os serviços mínimos.
O pré-aviso dos sindicatos dos motoristas para a greve com início em 12 de agosto propõe serviços mínimos de 25% em todo o território nacional.