O ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, foi o primeiro a ser ouvido pelos deputados numa série de audições a atuais e antigos responsáveis da instituição, sobre a situação financeira da SCML e o projeto de internacionalização da Santa Casa Global. Edmundo Martinho considerou “previsível” o afastamento da sua sucessora, Ana Jorge, cujo trabalho criticou. “As opções tomadas repercutiram-se negativamente na Santa Casa. E não se conhece uma estratégia para este desequilíbrio entre as receitas e as despesas. Um novo Governo iria, sem surpresa, intervir. O que aconteceu teve danos irreparáveis para a Santa Casa”, declarou Edmundo Martinho aos deputados, na quarta-feira. Pela Assembleia da República passou também a vice-provedora demissionária da SCML, Ana Vitória Azevedo, que não escondeu o desagrado com a atual ministra do Trabalho, Rosário Palma Ramalho. “A ministra não tem o direito de caluniar as pessoas que lá estão. Havia trabalho a ser feito. Não é justo, não é correto”, declarou Ana Vitória Azevedo no Parlamento, admitindo, no entanto, que não se revia na administração da SCML.
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A Santa Casa, os “danos irreparáveis” e uma demissão “previsível”
O ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, foi o primeiro a ser ouvido pelos deputados numa série de audições a atuais e antigos responsáveis da instituição, sobre a situação financeira da SCML e o projeto de internacionalização da Santa Casa Global