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Roosevelt, Churchill e um bife à brasileira

“Tempo ao Tempo” é um podcast de Rui Tavares sobre histórias da História, com episódios novos todas as quintas-feiras. Procure e subscreva este podcast do Expresso

Jakub Porzycki/NurPhoto via Getty Images

Quando a 23 de setembro se iniciaram os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, após os cumprimentos protocolares e as ordenações da mesa sobre os trabalhos da sessão, a primeira língua que se ouviu foi o português. Mas por que será assim? Por que razão começa a Assembleia Geral da ONU sempre por um discurso português? No episódio mais recente do podcast “Tempo ao Tempo”, falamos dessa e de outras curiosidades sobre a criação desta organização. A génese da ONU remonta ao período em que Roosevelt e Churchill, durante uma visita à Casa Branca, procuravam nome para a aliança militar que seria vitoriosa na Segunda Guerra Mundial. O nome “Nações Unidas” nasceu nesse contexto, antes de se transformar no fórum mundial que conhecemos hoje. Essa visita de Estado durava tanto tempo que implicava o primeiro-ministro da Grã-Bretanha ficar hospedado em casa do Presidente dos Estados Unidos. Naqueles dias, as conversas entre os dois versavam principalmente sobre o pós-guerra que se adivinhava. Procurava-se, acima de tudo, nome para a Aliança Militar, que pudesse servir após a guerra para uma transição que substituísse a antiga e fracassada Sociedade das Nações, que não tinha conseguido impedir a Segunda Guerra Mundial. Diz-se que, certo dia, Roosevelt entrou no quarto de Churchill, que tinha acabado de tomar banho, e encontrou o primeiro-ministro britânico simplesmente enrolado numa toalha. As versões aqui divergem, desde as mais banais, que dizem que não, o primeiro-ministro já estava vestido, até outras que dizem que nem toalha havia. E que, indiferente a esse facto, o Presidente Roosevelt disse apenas “Nações Unidas!”, ao que Churchill terá respondido “Good!”. E o nome ficou.