Transformação: a palavra-chave da intervenção inicial do primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate de estado da nação. Portugal precisa de transformar a economia e o novo Governo quer ser o responsável por isso, reiterou o líder do Governo na quarta-feira. Mas a geometria parlamentar atual é hostil a medidas que são pedras de toque neste programa económico que aspira a metamorfosear a capacidade produtiva nacional. Após várias leis aprovadas à revelia da AD, o chefe do Executivo recordou os partidos de que o Parlamento aprovou o programa do Governo, o que os vincula politicamente, quando já se prepara o Orçamento do Estado para 2025 e a volatilidade política torna este ciclo orçamental arriscado para o Governo minoritário. Perante críticas dos partidos aos modelos de redução do IRS e de IRC, Montenegro deu margem para aproximações às forças parlamentares desde que balizadas pelo programa do Executivo. O que isto significa em relação a medidas como a redução do IRC não se percebeu.
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Transformar a nação... se os partidos deixarem
O Governo propõe-se transformar a economia, mas o Parlamento discorda da estratégia. Com o OE à espreita, partidos exigem alterações no IRS e no IRC, e Montenegro sugere a existência de alguma margem para negociar