Algures em meados de 2026 já estará concluído um modelo de inteligência artificial (IA) generativa que dá prioridade ao português de Portugal. A promessa foi feita pelo Ministério da Juventude e Modernização, depois de um primeiro anúncio do primeiro-ministro Luís Montenegro na Web Summit. Já se sabia que o futuro modelo vai chamar-se Amália, mas com o novo anúncio passou a saber-se que a primeira versão experimental deverá sair ainda no primeiro trimestre de 2025. Para o terceiro trimestre de 2025 prevê-se o lançamento de uma “versão base”. Por fim, a versão multimodal, que deverá conseguir extrair e produzir textos a partir de textos, sons ou imagens, fica agendada para o segundo trimestre de 2026.
O Governo não esconde a intenção de pôr os portugueses a falar com o Amália nos serviços da Administração Pública e justifica o investimento com a soberania nacional e a possibilidade de preservar a história nacional e as características do português europeu, bem como os dados dos portugueses — que eventualmente poderão vir a ser tratados com propósitos diferentes pelas marcas tecnológicas. O projeto está orçado em €5,5 milhões e vai ser realizado pelos centros de investigação Nova Lincs da Universidade Nova de Lisboa, Instituto de Telecomunicações e Instituto Superior Técnico. O treino, que permite criar bots, e outras coisas comparáveis ao ChatGPT, tem por base os dados do Arquivo.pt, da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O Amália vai ser distribuído sem custos.