Uma das grandes questões no mundo da cultura — mas que não lhe é exclusiva, que de facto atravessa todo o universo da produção e actividade humana — é o tema de como partilhar informação e conhecimento produzido durante o processo de criação. E como partilhar a reflexão, a crítica, o impacto que essa mesma produção causou ou causa ainda. A questão não é nova, mas o século presente tornou-se pródigo em ferramentas de comunicação que, por um lado, ajudam, sem dúvida, mas que por outro aumentam o ruído de fundo e a distracção. Por outro, muitos dos formatos usualmente utilizados, como textos, documentários, exposições, instalações, colóquios — só para citar alguns — estão esgotados e tudo, forma e conteúdo, parece uma eterna repetição.