Mais de 400 milhões de toneladas de plástico foram produzidas globalmente em 2023 e as projeções para os próximos 25 anos não prometem a desaceleração da indústria do material proveniente do petróleo. Em 2050, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) aponta que a produção de plástico pode ultrapassar os mil milhões de toneladas. Mesmo que parasse hoje, as suas quase oito décadas de existência significam que há mais de nove mil milhões de toneladas de plástico acumulado no planeta, a maioria (5,3 mil milhões de toneladas) descartado e só uma pequena parte desse (700 milhões) reciclado. Vêm à cabeça imagens da Grande Ilha de Lixo do Pacífico, em constante expansão, onde caberiam três Franças. O plástico está presente em todos os cantos do planeta, da Fossa das Marianas ao cume do Evereste. Em suma, não nos livramos dele.
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O plástico que há em nós (e o mal que nos faz)
O plástico facilita as nossas vidas, mas só agora começamos a conhecer os seus impactos na saúde humana. Recentemente, investigadores encontraram, de entre 24 cérebros de pessoas falecidas em 2024, uma média de cinco mil microgramas por grama de tecido, ou sete gramas de plástico por cérebro, igual a uma colher descartável