Quando decidiu juntar aveia, frutos secos, maçã ralada e água ou leite para fazer um boião de comida ‘limpa’ e saudável, Maximilian Bircher-Benner não fazia ideia que, mais de 100 anos depois, uma parte importante da população europeia iria incluir essa mistura no pequeno-almoço e chamar-lhe simplesmente “muesli”. Com o passar dos anos, em alguns países, “muesli” passou a servir para nomear apenas a parte seca da mistura, flocos de aveia e frutos secos, e “Bircher muesli”, o ‘muesli’ à moda do físico e investigador da Universidade de Zurique que o inventou, ficou como a designação que se dá à receita total, isto é, aos alimentos crus e secos misturados com um pedaço de iogurte, água ou leite (a receita original de Benner é com leite condensado e uma pitada de limão). Uma mistura que hoje se vê adaptada com mais ou menos ingredientes e sabores, entre diferentes tipos de sementes, canela e bebidas de arroz. Mas sempre com o mesmo nome, qualquer que seja a língua do país.
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Comer, acordar, repetir
Mais do que a primeira refeição do dia, o pequeno-almoço é, para muitos, o verdadeiro despertar. Rápido ou demorado, reflete rotinas, culturas e hábitos de cada país. Em Portugal ainda é um ritual, que crianças, adolescentes e idosos raramente falham