“Uma guerra nuclear não pode ser ganha e nunca deve ser travada. A única vantagem de as nossas duas nações possuírem armas nucleares é garantir que nunca serão utilizadas. Mas, nesse caso, não seria melhor eliminá-las completamente?” Estas palavras foram ditas por Ronald Reagan no auge da Guerra Fria, altura em que o número de ogivas atingiu o pico: 70.374, em 1986. Só os Estados Unidos e a Rússia detinham então 90% do arsenal nuclear mundial — o que ainda hoje se verifica.
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Os números do “equilíbrio de terror”: onde estão os maiores arsenais nucleares do mundo?
Cerca de 90% do arsenal nuclear do mundo são detidos pela Rússia e pelos Estados Unidos, inimigos de longa data. Apesar de este armamento ter diminuído significativamente desde a Guerra Fria, há países a aumentar o número de ogivas nas suas reservas militares. “Trata-se mais de uma força de dissuasão do que de ataque. Os países sabem que, se avançarem, há destruição mútua assegurada”, explica Bruno Cardoso Reis, especialista em segurança internacional