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Fisga

A árvore dá vida, mas o que resta das nossas florestas?

As áreas florestadas mundiais continuam a encolher e em Portugal também. Numa altura em que o país está pintado de laranja, rosa e preto, o verde que nos dá sombra, ar e água continua a esvair-se

Há milénios que os humanos andam a cortar árvores. Se inicialmente o faziam para se aquecerem e construírem alojamentos, nos últimos 200 anos o principal condutor da desflorestação tem sido a expansão urbana e agrícola. E com a população humana a caminho dos 10 mil milhões, o verde que cobre a Terra vai encolhendo. No início do século XX, essa mancha estendia-se por 48% das regiões num planeta então habitado por 1,65 mil milhões de pessoas. Chegados a 2018, quando já por cá viviam 7,6 mil milhões, a mancha encolheu para 38% — menos cerca de mil milhões de hectares arborizados, de acordo com dados da plataforma Our World in Data. E a razão de tal desflorestação está sobretudo ligada ao que produzimos e comemos, sem olhar aos outros serviços que as árvores nos dão.