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​Os museus no (sub)mundo do mercado de arte

As obras classificadas como tesouros nacionais deverão obrigatoriamente ser vistas no país que assim as classifique. Por razões de soberania e de cidadania, mas também pelos benefícios económicos que propiciam

Controvérsia. “Descida da Cruz”, de Domingos Sequeira, 1827
D.R.

O episódio recente da autorização de exportação de obra de Domingos Sequeira, “Descida da Cruz”, suscitou de novo a discussão acerca do necessário balanceamento entre a preservação em cada país das obras que sejam consideradas de interesse nacional, maxime quando classificadas como “tesouros nacionais”, e as vantagens da sua internacionalização, seja para inclusão em acervos de museus estrangeiros, seja até para “abastecimento” do mercado de arte. Trata-se de assunto complexo, que importa olhar de frente, sem sectarismos, mas seguramente com as convicções que decorrem do que entendamos por “soberania” e “interesse nacional”.