Só este ano, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) abriu 11 processos-crime a supermercados que estão a cobrar, em caixa, um preço acima daquele que aparece afixado nas prateleiras. Como relata o “Jornal de Notícias” esta quarta-feira, em alguns casos a diferença chega a ultrapassar os 50%.
Estas irregularidades verificam-se em vários estabelecimentos comerciais do país, incluindo em grandes operadores do retalho, com a “maior incidência” a verificar-se em supermercados de média dimensão nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, segundo o “JN”.
No total, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica já instaurou 37 processos-crime por especulação. A ASAE começou a fazer estas inspeções em setembro. A taxa de incumprimento dos supermercados mantém-se nos 4%. “Não há inversão de comportamentos”, diz o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, ao jornal.
As variações de preços verificam-se sobretudo em bens alimentares. E muitas vezes as promoções não chegam a concretizar-se: quando chega à caixa, o produto é vendido sem qualquer desconto e o cliente acaba por pagar o valor inteiro, sem reparar.