O novo presidente executivo (CEO) da construtora portuguesa Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, disse, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, que já há consórcio português para a alta velocidade. Segundo o responsável, a sua empresa forma equipa com as portuguesas Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril.
Este consórcio destina-se à construção apenas, o que não significa que a nível da concessão não possam vir a ter parceiros, “nomeadamente de vertente financeira”, admitiu. A nível financeiro, o presidente executivo referiu que vê alguns fundos nacionais que possam entrar no projeto, mas negou a entrada de bancos.
Contudo, neste caso, não precisam de ser nacionais. “Aí é indiferente, serão os que tiverem melhores condições. Aí a portugalidade já não é fundamental. A portugalidade é sobretudo importante na nossa indústria da construção”, afirmou.
Mota dos Santos disse ainda que a empresa irá concorrer aos projetos de metro em Lisboa e Porto.
Além da alta velocidade, o CEO falou dos mercados e, neste sentido, considera que “o valor da empresa não está refletido na cotação da ação” e que “a empresa está absolutamente subavaliada”. “A Mota-Engil hoje vale, seguramente, em termos de market cap (capitalização bolsista), bem acima de 1 bi [mil milhões de euros] e devemos estar em 500 milhões”, notou, em conversa com o jornal.