Revista de imprensa

Minas de lítio enfrentam movimento nacional de protesto

Nem a promessa de investimento de milhões de euros e de criação de postos de trabalho tem sido suficiente para converter a população

A exploração de lítio em Portugal não é um tema consensual ou que tenha apoio das populações locais. Segundo o “Público” esta terça-feira, a oposição à prospeção do minério já se transformou, inclusive, num movimento nacional.

O matutino relata a oposição gerada a dois projetos que estão mais avançados na corrida ao lítio: o projeto de Covas do Barroso, em Boticas, e o projeto da mina do Romano, em Sepeda. Recorde-se: tanto Boticas como Montalegre foram, em 2018, reconhecidas como Património Agrícola Mundial pela UNESCO.

Nem a promessa de investimento de milhões de euros e de criação de postos de trabalho tem sido suficiente para converter os locais. O autarca de Boticas, por exemplo, diz recusar-se a vender vender a paisagem e o património por 140 empregos.

“Prefiro tentar arranjá-los [os empregos] de forma mais sustentável e duradoura, do que estes empregos que chegam aqui e passado uns anos vão-se embora”, disse Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas, em declarações ao “Público”.

O pedido de prospeção da empresa australiana Fortescue fez entrar nos serviços da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), que queria a explorar uma área em pleno parque nacional da Peneda-Gerês, foi também recusado, após a população local ter-se manifestado contra o projeto.