Em função do protocolo já assinado, entre a Rede Ferroviária Nacional (REFER) e a Câmara de Tavira serão supremidas cinco das passagens de nível actualmente existentes naquele concelho. A ideia é a de acabar com as passagens junto ao apeadeiro do Livramento, no Pinheiro e na Estrada das Antas (estas três na freguesia da Luz), bem como no sítio de S.Pedro (freguesia de Santiago) e uma das existentes na Caiana (freguesia da Conceição). Para compensar a extinção do atravessamento no Livramento, será alargada a passagem superior existente entre a Estrada Nacional 125 e Arroteia/Porto Grande, com um novo tabuleiro que permitirá o cruzamento de duas viaturas. A actual passagem de nível fica a funcionar apenas como pedonal. Simultaneamente, será alargado e pavimentado um caminho paralelo à via-férrea, denominado "Caminho do Salomé", onde passa a ecovia. Esta última intervenção será da responsabilidade da autarquia.No Pinheiro, a Câmara Municipal irá construir uma passagem superior nas imediações da actual travessia, a sul do cemitério da Luz. Por seu turno, a passagem de nível das Antas será fechada ao trânsito. Está também previsto o alargamento e a pavimentação da estrada entre a povoação do Rato e o aldeamento Pedras d' El Rei (Santa Luzia), uma obra que custará 300 mil euros e que será comparticipada em partes iguais pela REFER e pela autarquia.
Para a freguesia de Santiago, a Câmara de Tavira está a preparar a construção de uma ponte, no Sítio de São Pedro, nas imediações da actual passagem de nível, conjuntamente com o novo acesso da EN 125 à vila de Santa Luzia (a sul do cemitério municipal). E, na Caiana, a solução passa pela abertura de um novo caminho a partir do aglomerado urbano existente nas imediações da passagem de nível, a qual vai ser suprimida até à estrada que dá acesso ao apeadeiro de Santa Rita.
Refira-se que o encerramento das passagens de nível sem guarda só acontecerá quando as infra-estruturas viárias (afectas a cada uma delas) estiverem prontas, o que, de acordo com a autarquia tavirense, só deverá acontecer dentro de dois ou três anos.
Domingos Viegas/JORNAL DO ALGARVE