A Escola Profissional Bento de Jesus Caraça (EBJC), com sede em Lisboa e delegações noutras cinco cidades, não foi apenas buscar o nome ao conhecido matemático e militante comunista. Foi buscar os seus princípios. “Bento de Jesus Caraça acreditava que não devia haver uma escola para as elites e outra para os filhos do trabalhadores e defendia a necessidade de desenvolver a cultura científica de todos. E é isso que tentamos fazer. Além do direito à educação, entendemos que também há o direito ao sucesso educativo e que não podemos descartar nenhum aluno, mesmo quando as condições de retaguarda são muito difíceis”, diz José Rui, diretor pedagógico da escola que nasceu na década de 90, fruto de uma parceria entre a CGTP e o Ministério da Educação, e que apresenta bons indicadores de sucesso em geral e dos melhores do país na delegação do Seixal.
Neste caso, não só o abandono escolar é baixo (5%) como a taxa de conclusão nos três anos previstos é bastante elevada (84%). E no indicador calculado pelo Ministério da Educação que compara o desempenho dos alunos numa escola com o conjunto de jovens a nível nacional que apresentam características semelhantes (ver nota em baixo), os resultados são dos mais positivos — estão 30 pontos acima da média. Há outras com valores superiores, mas o mérito da escola no Seixal sobressai por ter um número mais elevado de estudantes. Os restantes polos da EBJC distribuem-se por Porto, Guimarães, Barreiro e Beja.
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