Conhecido como uma das principais instituições mundiais no que toca ao desenvolvimento tecnológico, o MIT não seria provavelmente o primeiro sítio onde se imaginaria ver um artesão manual do mais alto quilate. Mas um professor de 31 anos continua a trabalhar no seu gabinete para contrariar este estereótipo. Brian Chan é um especialista na milenar arte do Origami, uma técnica decorativa de origem japonesa que permite transformar pequenas folhas de papel em figuras de maior ou menor complexidade, mas que exigem sempre uma atenção gigante ao detalhe e à precisão. O Origami é notoriamente complicado de aprender mas Brian Chan desde cedo revelou aptidão e interesse para se lançar nos meandros da complicada arte. O norte-americano começou a aprender com 10 anos através de manuais. Desde então já criou mais de 100 trabalhos originais, de animais da selva a pessoas, passando por figuras mitológicas, com a maioria a ser feita de uma única folha de papel, com pequenos fragmentos a poderem ser utilizados para escamas ou roupas: "Comecei há 20 anos por copiar o trabalho de outros autores, mas após algum tempo já era bom o suficiente para desenvolver trabalhos próprios. Em 2004 um dos autores de um dos livros com que cresci, Robert Lang, veio para o MIT para falar e fiquei verdadeiramente inspirado com o que ele disse. Nesse ano 'dobrei' 10 modelos para a competição de Origami do MIT e ganhei uma série de prémios", afirmou Brian em declarações ao "Daily Mail". O artista revelou ainda que o que mais atrai no origami é a possibilidade de adaptar as técnicas já existentes e convertê-las em algo "muito próprio" e que o fascina o facto de a ideia na origem do conceito do Origami - "dobrar papel" - ser tão "simples" mas permitir criações de rara beleza. Como aquelas que um inspetor de política de "Blade Runner" interpretado por Edward James Olmos deixava memoravelmente em diferentes sítios ao longo do filme para dar mensagens. Pode ver os trabalhos de Brian Chiang no seu site.
Professor do MIT é mestre de Origami
Brian Chan tem feito enorme sucesso a partir do seu gabinete no
Massachusetts Institute Technology com o domínio da milenar e complicada arte de
criar figuras a partir de
papel.
Tiago Oliveira (www.expresso.pt)