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Liberais aprovam elogios a Milei e rejeitam com júbilo moção anti-Moedas

Moção que pretendia impedir coligações dos liberais com PSD em Lisboa, Porto e Braga foi chumbada com esmagadora maioria

ANTONIO PEDRO FERREIRA

Antes das reeleição de Rui Rocha e do anúncio de Mariana Leitão como candidata presidencial, os liberais votaram as várias moções apresentadas à IX Convenção, que decorreu este fim-de-semana em Loures. O maior aplauso do período de votações foi, curiosamente, para uma rejeição: a da moção que pretendia evitar coligações nas eleições autárquicas, especial uma aliança em Lisboa.

"Os valores liberais não se trocam por Moedas", dizia esta moção que foi muito criticada na manhã de domingo e rejeitava coligações autárquicas em Lisboa, Braga e Porto. Os militantes liberais chumbaram com esmagadora maioria a proposta e mantiveram a porta aberta às coligações “excecionais”, como o líder do partido tem vindo a sugerir.

A Convenção Nacional ainda uma moção que incentiva que o partido avance com propostas para a semana de 4 dias ou menos, e uma moção que elogia Javier Milei e que apela a que a governação do Presidente da Argentina, caracterizada por uma redução drástica do aparelho do Estado, sirva de exemplo para os liberais portugueses.

Entre as moções aprovadas, estão projetos sobre imigração e segurança, que pretendem que o partido passe a falar mais desses temas. Sobre a imigração, a moção pede que as políticas liberais sejam de “integração em vez de exclusão e da segregação, sempre em estreita articulação com a sociedade civil”; já na área da segurança, a moção exorta a IL a discutir o tema e debater soluções a nível nacional e regional, desde reformas nas forças de segurança à implementação de ‘bodycams’.