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De olhos nas autárquicas, Livre foca-se nas comunidades: “Há quem tenha muito interesse em fomentar a desunião para retirar valor eleitoral”

Na rentrée em Aveiro, o partido das “utopias concretas” defendeu a cidade que deve ser para as pessoas e uma política pública que promova os laços de comunidade, diferente da que “temos visto nos últimos tempos” tanto no Governo como em centros urbanos como Lisboa

Matilde Fieschi

Falta um ano para as eleições autárquicas e no Livre a consciência é de que esse tempo será “muito importante para consolidar a visão que existe para as cidades e para as comunidades e concretizá-la em programa político”. As apostas são altas: “são [eleições] muito importantes, porque há possibilidade de resgatar o nosso território para uma política mais progressista”, afirma Isabel Mendes Lopes.

Mas há obstáculos à vista. “Numa sociedade cada vez mais individualista, é cada um por si e o poder da comunidade [como o Livre defende] é muito assustador”, diz a líder parlamentar. E deixa um alerta: “Há quem tenha muito interesse em fomentar a desunião para conseguir retirar valor, seja eleitoral ou imobiliário. Quando deixamos que o discurso de ódio entre no dia a dia, estamos a minar as nossas relações de proximidade e vizinhança. Estamos a minar a coesão que nos devia nortear”.