Exclusivo

Partidos

Marta Silva, vice-presidente do Chega: “A imigração contribui muito para o aumento das rendas”

A dirigente acredita que a ala racista no partido “é muito residual”. O programa eleitoral do partido está a ser preparado e Marta Silva garante que com pessoas da sociedade civil, sem dizer quem. Acredita que Montenegro vai mudar de ideias quando precisar do Chega para governar

RUI DUARTE SILVA

Arquitecta de profissão e assessora parlamentar na atual legislatura, é uma das peças-chave no xadrez de André Ventura e esteve quase a ser eleita pelo círculo do Porto nas últimas legislativas – o que poderá acontecer a 10 de março.

Que partido é que o Chega vai ser em 2024?

Temos um novo Congresso a 12, 13 e 14 de janeiro, vamos eleger órgãos nacionais, o Presidente do partido vai ser eleito… Só a partir dessa data é que poderá estar em condições de formalizar convites para as legislativas. Neste momento, o foco total da equipa que aqui está, deputados, assessoras, alguns elementos da sociedade civil que se juntaram a nós...

Por exemplo?

As jornadas parlamentares que ocorreram em Matosinhos foram um contributo da sociedade civil para a elaboração do nosso programa nas áreas da saúde, economia e justiça. Foi uma forma de abrir o partido ao conhecimento técnico de pessoas sem ligação ao partido.

Ou seja, o partido está no mercado à procura de caras e ideias novas.

Não posso confirmar isso. Mas as jornadas mostraram que já não há resistência em aceitar convites do Chega. E também sentimos isso na rua. Nas presidenciais e nas autárquicas de 2021, as pessoas às vezes até tinham dificuldade em aceitar o nosso panfleto e estar ao nosso lado. Hoje não sentimos isso.