Poucos minutos depois de António Costa ter votado em Lisboa nas eleições diretas do PS, votava Pedro Nuno Santos em S. João da Madeira, de onde é natural. O candidato até fez um compasso de espera na sua chegada ao local de voto para dar tempo às declarações do secretário-geral cessante.
“Muito confiante” na sua vitória, o ex-ministro das Infraestruturas considera que a sua campanha “correu muito bem” e quer “mobilizar o país” como acredita ter mobilizado o partido. E repetiu uma expressão que tem usado, mas a que António Costa também tinha recorrido minutos ante: quer dar um “novo impulso” ao PS e a Portugal. Também repetiu uma ideia que Costa tem dado de si próprio: “O PS vai contar sempre comigo, seja em que função for. Foi sempre assim desde que entrei no PS aos 14 anos”, a mesma idade em que o primeiro-ministro também entrou.
O PS pode contar com Pedro Nuno Santos e Pedro Nuno Santos conta com António Costa. “É uma grande referencia, temos orgulho nele, no trabalho dele e, obviamente contamos com ele”, disse em declarações aos jornalistas, depois de ter votado.
“Temos muito orgulho no legado do PS, nos resultados da governação de que tive também o prazer de fazer parte”, insistiu o agora candidato que teve vários enfrentamentos com o primeiro-ministro enquanto ainda estava na Governo, de onde saiu em janeiro deste ano.
O ex-ministro, que enfrenta o atual ministro José Luís Carneiro (que só vota este sábado) também está confiante de que será capaz de trabalhar com o seu agora adversário. “O PS sempre foi capaz de unir, ao contrário de outros partidos. Teremos oportunidade de conversarmos, mas a nossa vontade é unir”, afirmou.
Antes, tinham votado os pais do candidato. “Os meus pais confiam em mim, deram-me uma boa educação, sabem que têm um filho honesto”, disse orgulhoso e confiante de que vai, a partir de domingo, mobilizar o país como mobilizou e animou o partido porque “o PS é a única plataforma politica que consegue conciliar o progresso social e o progresso económico”.