Recusa o chamado “fundo Medina” para guardar excedente orçamental e promete devolver o tempo de serviço aos professores, mas fica à espera das contas do Parlamento. Em entrevista ao Expresso, Pedro Nuno Santos diz que estará concentrado numa vitória eleitoral a 10 de março e só depois pensará em como formar uma maioria.
Parece estar bastante perto de alcançar o objetivo dos últimos anos, ser secretário-geral do PS. Em que será diferente de António Costa?
Mais importante do que estar a comparar-me a António Costa, que foi um excelente primeiro-ministro, é um grande político, talvez o melhor que temos em Portugal, quero puxar por aquilo que são características importantes do projeto que quero continuar.
No seu percurso foi manifestando diferenças com António Costa. O que fará de diferente? Será mais decisivo?
Há uma linha de continuidade que partilho e que quero continuar e defender. Acho também que precisamos de um novo impulso. Precisamos de revisitar os serviços públicos e apresentar uma agenda de reforma desses serviços e uma estratégia de desenvolvimento económico que permita o país crescer mais. Do ponto de vista da concretização, essa é uma característica minha, não consigo lidar com a dificuldade ou ausência de decisão.
Está a dizer que não havia decisão no governo de que fez parte?
Não quero estar em confronto com um governo de que fiz parte. Estou a olhar para o futuro. A dificuldade em tomar decisões nacional. Repare-se no Alqueva e nas décadas que levaram a termos uma decisão.