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Os movimentos de ódio portugueses estão a copiar as ideias da extrema-direita internacional – e isso é “bastante preocupante”

Relatório do Global Project Against Hate and Extremism analisou 13 grupos nacionais com ideias extremistas, xenófobas e racistas, e concluiu que muitos são inspirados em grupos europeus mais antigos. Crescimento do Chega mostra que “nenhum país está verdadeiramente imune a forças políticas demagógicas”

José Fernandes

O fervor anti-imigração e nacionalismo branco entre os grupos de extrema-direita portugueses é bastante preocupante. Especialmente quando há partidos políticos e grupos hardcore a espalhar exatamente o mesmo tipo de ódio”, diz Wendy Via, co-fundadora do Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE), uma organização de investigadores que estuda os movimentos políticos extremistas desde 2020. Em causa está um relatório elaborado pelo GPAHE sobre os movimentos de ódio e de extrema-direita atualmente existentes em Portugal.

No total, foram assinalados 13 grupos ou partidos políticos. Entre os nomes deles, encontram-se alguns mais conhecidos - em particular um partido politico com representação parlamentar: Active Club Portugal, Alternativa Democrática Nacional (ADN), Associação Portugueses Primeiro, Blood & Honour Portugal, Chega, Juventude Chega, Habeas Corpus, Ergue-te (antigo PNR), Escudo Identitário, Força Nova, Movimento Social Nacionalista, Portugal Hammerskins e Proudboys Portugal. Da contagem ficaram de fora grupos cuja presença é exclusivamente online.