Luís Montenegro acusou o toque de todos quantos lhe exigem uma demarcação mais definitiva relativamente ao Chega. Mais uma vez sem pronunciar o nome do partido de André Ventura, a não ser parafraseando o discurso do presidente da Assembleia da República na sessão solene do 25 de Abril, o líder do PSD voltou a lançar o desafio: “Aqueles que querem mais clareza perguntem a António Costa se nunca mais vai governar, como já governou, com a extrema-esquerda.” Num discurso de meia hora, aberto aos jornalistas, no arranque do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa, Montenegro deixou a garantia: “Nunca governámos, nem vamos governar, nem com o apoio da extrema-esquerda, nem da extrema-direita. Não vamos governar nem com o socialismo, nem com o extremismo. Somos o porto de abrigo daqueles que não são nem extremistas nem radicais.”
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“Nunca governámos, nem vamos governar, com o apoio da extrema-direita”: Montenegro insiste na demarcação do Chega nos seus termos
Num diagnóstico assente no “empobrecimento do país” e no “apodrecimento do Governo”, o líder do PSD falou em socialistas “teleguiados” e num primeiro-ministro “fantoche”. Voltou a não referir o partido de Ventura, a não ser por interposta pessoa, e alertou para o risco de prescrição dos crimes de que Sócrates está acusado. Com o PSD a crescer, acredita, os socialistas estão “nervosos”