Foi um debate quinzenal tenso, crispado, a uma semana da entrega do Orçamento do Estado no Parlamento. E uma espécie de antecâmara da reunião que se seguiu entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos em São Bento, para o qual o primeiro-ministro prometeu apresentar esta quinta-feira uma proposta “irrecusável” ao secretário-geral do PS para colocar fim ao impasse negocial. Certo é que a avaliar pelo debate, os dois líderes mostram-se (aparentemente) irredutíveis, com o socialista a reiterar a recusa do IRS Jovem e a descida transversal do IRC e o social-democrata a sair em defesa das duas medidas “âncoras” do programa de Governo – antecipando-se, assim, que não seja fácil encontrar uma solução a meio-caminho. Mas o Executivo acredita que será possível até à última hora.
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Montenegro dramatiza chumbo do OE: “Os portugueses não compreenderão”, Pedro Nuno acusa PM de “arrogância”
Mantém-se o braço de ferro entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro. No debate quinzenal, antes da reunião com o primeiro-ministro, o secretário-geral do PS fez finca-pé com a recusa do IRS Jovem e a descida transversal do IRC, enquanto o primeiro-ministro acusou o socialista de querer que o Orçamento bata na trave com vista a eleições antecipadas. A discussão subiu de tom, quando faltam oito dias para o documento ser entregue no Parlamento