Depois de refletir, Jorge Seguro Sanches deverá mesmo demitir-se da presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP. A “avaliação individual” cabe ao próprio, disse o líder parlamentar do PS esta tarde aos jornalistas, não confirmando a demissão mas avançando que “respeitará” a decisão do seu deputado - que ainda não foi, contudo, comunicada formalmente ao Presidente da Assembleia da República. Ao que o Expresso apurou, o PS estará a tentar que Jorge Seguro Sanches não avance com a ideia.
A saída, a confirmar-se, segue-se a uma reunião tensa, em que, tirando o PS, todos os partidos discordaram de uma decisão do deputado socialista relativamente à duração das audições. O momento foi “particularmente grave”. “O presidente da CPI foi acusado de falta de seriedade e a acusação à sua honra pessoal é um aspeto que o deputado avalia de forma indvidual”, disse aos jornalistas o líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, falando em “atáque de caráter” por parte do PSD, mas rementendo contudo a demissão para o diálogo entre o presidente da comissão e o presidente da Assembleia da República.
A informação foi inicialmente avançada pela SIC, e no Parlamento também o líder do Chega, André Ventura, disse aos jornalistas ter essa informação. Não houve, contudo, nenhuma comunicação formal à CPI nem ao Presidente da Assembleia da República, que rejeitou aos jornalistas ter recebido alguma comunicação nesse sentido. "Não recebi ainda nenhum pedido de demissão que me deve ser apresentado. Se e quando vier e receber, pedirei ao partido que tem o direito, que está na sua vez, de designar o presidente da comissão que faça essa proposta”, limitou-se a dizer Santos Silva no final da conferência de líderes desta quarta-feira.