O discurso de presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva, foi todo um aviso sobre precipitações e sobre uma gestão do tempo político ao sabor de sondagens. O presidente do Parlamento alertou para a necessidade de respeito pelo tempo de cada instituição, num aviso aos partidos, mas sobretudo ao Presidente da República, que fala em dissolução quase cada vez que sai à rua.
“Devemos respeitar o tempo de cada instituição, sem atropelos nem precipitações" - pediu Santos Silva, interrompido por um grande aplauso do PS - “devemos preferir a respiração pausada própria de uma democracia madura à respiração ofegante típica das excitações populistas”. Antes já tinha dito: “As eleições legislativas ocorrem a cada 4 anos, determinam a composição do Parlamento e é a partir dessa composição e só dela que se formam os governos e as oposições.”