Os embates verbais entre o Chega e o presidente da Assembleia da República (AR) existem desde que André Ventura entrou no Parlamento em outubro de 2019, então como deputado único. Agora, com uma bancada de 12 deputados, as picardias são mais frequentes e escalam com muita frequência. A mais recente envolveu Edite Estrela, vice-presidente da AR, que conduzia os trabalhos quando, na quarta-feira, se deu uma acesa troca – e sobreposição – de palavras com deputados do Chega. O presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva, fez saber, entretanto, que levará à conferência de líderes o que descreveu como “uma sucessão de comportamentos”, incluindo este caso “especialmente grave”.
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A relação entre o partido de André Ventura e o presidente da Assembleia da República é tensa, ainda que Augusto Santos Silva tenha tentado imprimir um estilo pedagógico – e, aqui e ali, jocoso. Eis algumas das picardias, com direito a debandadas, desde que o sucessor de Ferro Rodrigues assumiu funções. “Todas as ideias podem ser trazidas [ao Parlamento], mesmo as que contestam a democracia, porque essa é a mais óbvia vantagem da democracia sobre a ditadura”, disse Santos Silva no dia em que tomou posse como presidente da AR