O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi o primeiro líder político a defrontar Luís Montenegro numa maratona de debates onde o tema da 'Spinumviva', a empresa familiar do primeiro-ministro que foi o catalisador da mais recente crise política, vai ser incontornável. Montenegro ficou-se pelo que já tinha dito até aqui sobre o caso ("não houve nenhum conflito de interesses"), defendeu as carreiras valorizadas na Administração Pública, a gestão público-privada na Saúde em prol do cidadão e admitiu não ter conseguido cumprir a promessa de resolver o problema da falta de médicos de família. No mais, o líder do PSD tentou passar a mensagem de que, com o que o atual governo já fez, até um comunista teria vontade de votar na AD.
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Montenegro mostrou a estratégia, Raimundo não tem dúvidas sobre ética: como foi o debate de estreia
Na estreia do ciclo de debates para as legislativas, Luís Montenegro repetiu que não houve nenhuma contaminação entre a sua vida política e o seu negócio privado, numa narrativa que Paulo Raimundo apelidou de "vitimização". Na saúde e na guerra, nenhum consenso. Montenegro admitiu que promessa de médicos de família ficou por cumprir e Raimundo prometeu "zero euros para a guerra"