Inicialmente dado como “moribundo” e com os “dias contados”, o Die Linke, partido de esquerda alemão, conseguiu contrariar as sondagens e surpreender nas eleições legislativas deste ano com quase 9% da votação (na Alemanha, os partidos precisam de 5% para entrarem no Parlamento). Também a sofrer perdas eleitorais, o Bloco de Esquerda viu no partido irmão o exemplo perfeito e decidiu recriar a estratégia para as legislativas de maio. "O Die Linke utilizou esse método de chamar alguns dos dirigentes históricos do partido, com certeza fomos influenciados por isso. Mas estamos a ser influenciados por experiências de vários partidos. E claro, queremos maximizar tudo aquilo que nos permita um maior diálogo com os eleitores", admitiu Luís Fazenda em entrevista ao Expresso.
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Com os “grisalhos” e campanha porta a porta, BE tenta imitar o partido “irmão” na Alemanha – mas é “improvável” que tenha o mesmo sucesso
Além da "Missão Cabelo Grisalho" (os regressos de Louçã, Fazenda e Rosas), o BE vai também recriar a campanha porta a porta do partido de esquerda alemão Die Linke. A falta de meios e a ausência de partidos de esquerda no Governo fazem parte das razões que podem dificultar o sucesso dos bloquistas, dizem politólogos