Existir discórdia entre órgãos locais e direções nacionais dos partidos é um dos pontos de interesse das eleições autárquicas. A cada quatro anos, há sempre casos de candidatos escolhidos pelas concelhias e rejeitados pelas coordenações nacionais (ou vice-versa), quezílias pessoais, candidaturas independentes à revelia dos partidos ou inesperadas trocas de apoio institucional. O que não é tão habitual é um primeiro-ministro ser acusado de influenciar diretamente uma coligação eleitoral na sua terra natal por questões pessoais, mas tal é o caso de Espinho, terra que, nos últimos anos, parece atrair polémicas políticas como o mel atrai moscas.
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Adjunto do primeiro-ministro é candidato do PSD a Espinho, líder local foi afastado e queixa-se de “ajuste de contas pessoal” de Montenegro
PSD de Espinho aprovou Ricardo Sousa como candidato em novembro e já estava em curso uma coligação com IL e CDS-PP, mas a coordenação nacional terá procurado outros nomes, incluindo Salvador Malheiro e Miguel Guimarães. ‘Ex’-candidato e parceiros condenaram desrespeito do PSD por autonomia local e coligação caiu por terra