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Defesa

Gouveia e Melo defende uma “NATO global” com os países do Pacífico

O candidato presidencial revelou as suas ideias sobre a NATO no atual contexto geopolítico. Para o almirante, Portugal seria prejudicado se a Aliança perdesse o pendor atlântico e se tornasse numa NATO europeia e continental
TIAGO MIRANDA
Um mês depois da Cimeira da NATO realizada em Haia, onde os 32 países aliados prometeram aumentar as suas despesas militares para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), Henrique Gouveia e Melo – que vê essa meta como um “exagero” – revelou a sua visão geoestratégica num almoço-debate sobre “o futuro da NATO e da Defesa de Portugal face às alterações na Relação Transatlântica”, no âmbito das Estoril Talks, uma iniciativa promovida pelo grupo BF, dono do hotel onde a iniciativa se realizou. Para o candidato presidencial e almirante na reserva, a NATO devia evoluir para “uma aliança global”, incluindo países do Indo-Pacífico como a Austrália, o Japão, a Coreia do Sul ou a Nova Zelândia, para amarrar os Estados Unidos à organização e conterem e dissuadirem “o adversário continental, que seria o conjunto Rússia-China”.