Exclusivo

Defesa

Compra de caças F-35 dos EUA divide Governo e militares da Força Aérea

Altos responsáveis da Lockheed e da Saab estiveram em Portugal a competir pela substituição dos caças F-16

Responsável pelo programa dos caças F-35 (na imagem), a “única opção” para a Força Aérea, esteve em Portugal, assim como o concorrente sueco da Gripen
Dominika Zarzycka/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

“Conectividade, conectividade, conectividade”, repetiu o chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general João Cartaxo Alves, no início de uma conferência nos AED Days, esta terça-feira, perante uma plateia onde estava um vice-presidente do gigante norte-americano Lockheed Martin, que fabrica os caças F-35 (desejados pela Força Aérea), e um vice-presidente da sueca Saab, que produz o avião de combate Gripen. O general, que o ano passado tinha feito uma apresentação a defender uma Força Aérea de 5ª geração — o que significa comprar os caças furtivos F-35 aos norte-americanos —, este ano preferiu falar da aposta no Espaço. Mas o recado inicial estava lá. O Expresso sabe que a Força Aérea continua a considerar os F-35 como “a única opção” para substituir os caças F-16, mas o Governo mantém que, comprar um programa tão caro aos EUA, pode ser arriscado no atual contexto.