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Câmara de Oeiras queria proibir propaganda eleitoral em quase todo o concelho, Isaltino sentiu a “polémica” e recuou para já

Executivo pretendia aprovar a afixação de cartazes alusivos às legislativas – menos na esmagadora maioria dos locais públicos do concelho. Coligação Evoluir Oeiras considera restrições “ilegais” e ameaça com queixa à Comissão Nacional de Eleições. “Não li a proposta”, justificou Isaltino para adiar a votação

MIGUEL A. LOPES

A Câmara Municipal de Oeiras adiou esta quarta-feira em reunião autárquica a votação de uma proposta de deliberação que proibia propaganda eleitoral em praticamente todos os espaços públicos do concelho.

Assinada pelo vice-presidente do executivo liderado por Isaltino Morais (IN-OV - Isaltino Inovar Oeiras), Francisco Rocha Gonçalves, o documento instava o Executivo municipal a "autorizar a afixação e inscrição de mensagens de propaganda política e eleitoral em todo o território do concelho de Oeiras”. Acrescentava, contudo, várias exceções: “com exceção das entradas e saídas das vias rápidas, quando possa prejudicar a circulação rodoviária, nas rotundas, praças, jardins e [à] frente [da] Marginal/Passeio Marítimo, atendendo ao grande impacto ao nível do património natural com relevo municipal e nacional”, ressalva o documento. Ou seja, a proposta até era redigida na positiva, mas colocava tantas exceções que tornaria quase impossível haver propaganda partidária no concelho.