“Cada cliente é um amigo.” É assim, a sorrir, que Maria Fernanda, descreve o Mercado de Bolhão como um lugar de afetos. Atrás do balcão da Salsicharia Branquinha, aponta, com orgulho, para a montra: salpicão, chouriço, bacon, presunto fumado, carne fresca. Tudo disposto com o mesmo cuidado com que se arruma uma casa. Nasceu em Campanhã, mas foi no Bolhão que cresceu. “Com um ano, a minha mãe já me sentava em cima do balcão”, conta ao Expresso. Atualmente, não é por necessidade financeira que continua a trabalhar. Resiste no mercado pela sua saúde. O Bolhão é o seu remédio emocional, o antídoto contra a solidão da viuvez. “Eu já podia estar em casa, mas psicologicamente faz-me bem estar aqui”, enaltece Maria Fernanda.
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Porto à procura de casa e segurança
Habitação e segurança são as maiores preocupações dos portuenses. Os incomportáveis preços das rendas e a especulação imobiliária apertam a vida na cidade. A insegurança nas ruas assusta cada vez mais. Com as autárquicas à porta, os candidatos entram num leilão para ver quem constrói mais casas e quem coloca mais polícias nas ruas. A Invicta luta para manter a sua identidade e garantir uma casa e tranquilidade para todos