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Montenegro prometeu, mas não entregou faturas da casa de Espinho à Polícia Judiciária

Luís Montenegro ainda era líder do PSD, em campanha para as legislativas, quando a PGR anunciou um inquérito à construção da sua casa em Espinho. Horas depois, anunciou em conferência de imprensa que iria entregar toda a documentação relacionada com a casa à Justiça. Mas quando foi contactado, já em julho de 2024, pela inspetora da Polícia Judiciária, não foi isso que o já primeiro-ministro fez

Luís Montenegro em dezembro de 2023, a mostrar o dossiê com todas as faturas da vivenda construída em Espinho. Nesse dia, em frente aos jornalistas, disse que entregaria todos os documentos às autoridades
Rui Duarte Silva

A 30 de dezembro de 2023, um sábado, menos de 24 horas depois de a Procuradoria-Geral da República ter confirmado a existência de um inquérito-crime com base numa denúncia sobre eventuais benefícios fiscais ilegítimos obtidos durante a construção da sua casa em Espinho, Luís Montenegro deu uma conferência de imprensa. Queria pôr tudo em pratos limpos. “Ainda bem que o Ministério Público abriu um inquérito e ainda bem que a Justiça vai tomar uma posição sobre a minha conduta.”