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Política

Como a UE gere “a ansiedade” e se prepara para reagir aos resultados das eleições nos EUA

A UE diz-se pronta para trabalhar seja com Donald Trump ou Kamala Harris, mas os 27 têm estado em contacto entre si e com a Comissão Europeia para antecipar os cenários possíveis e um eventual regresso do ex-presidente republicano. A linha é para felicitar o vencedor apenas quando houver um resultado claro, e manter a prudência face à possível contestação de derrotas

Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

Se da noite eleitoral sair um vencedor claro, o acordo entre os 27 é para felicitá-lo nas horas seguintes: seja Donald Trump ou Kamala Harris. Ao mesmo tempo, a União Europeia e os vários líderes que forem reagindo deverão deixar claro que a relação transatlântica "é de grande importância" e que querem continuar "a reforçá-la", independentemente de quem ganhe do outro lado do Atlântico.

Só que a luta pela Casa Branca está renhida, o que levou os Estados Membros a preparam-se para noutros cenários, face à imprevisibilidade dos resultados, a possibilidade de serem contestados, e até uma eventual recontagem de votos. O entendimento trabalhado ao nível dos embaixadores dos 27 é para que seja mantida a prudência e que não se avance com saudações e congratulações enquanto os resultados não forem claros. Caso haja contestação, então os europeus deverão dizer que "confiam nas instituições e sistema norte-americano para resolver a questão".