Foi por causa de Maria Luís Albuquerque, e da sua promoção a ministra das Finanças pelo primeiro-ministro de então, Pedro Passos Coelho, que Paulo Portas, líder do CDS anunciou uma demissão do Governo como “irrevogável” que depois acabou por não ser - até conduziu, na verdade, à sua promoção de ministro dos Negócios Estrangeiros a vice-primeiro-ministro.
Estávamos em julho de 2013 e Passos Coelho anunciou que Maria Luís iria ser a nova ministra das Finanças, em substituição de Vítor Gaspar, que tinha deixado o Governo argumentando ser o seu afastamento “inadiável”. Paulo Portas, nº 2 desse governo como líder do CDS-PP, já tinha avisado Passos que não queria Maria Luís Albuquerque na pasta das Finanças por achar que Gaspar teria de ser substituído por alguém que simbolizasse a abertura de um “ciclo político e económico diferente”, distante das férreas políticas de austeridade, centradas em cortes nas remunerações e aumentos de impostos, que tinham sido levadas a cabo desde 2011.